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quarta-feira, 23 de março de 2011

A LUTA CONTINUA



Os profissionais da educação da rede municipal encerraram mais um movimento grevista, demonstraram a insatisfação da categoria quanto ao tratamento dispensado a esse profissional atualmente em Santarém.
Dizem que o povo tem o governo que merece. Nos perguntamos, quando realmente teremos um governo municipal que trate a coisa pública com honestidade?
Hoje surgem diversas críticas ao movimento grevista encerrado. Mas sejamos justos, os profissionais da educação e alguns sindicatos tem a coragem de sair as ruas mostrando a indignação pela condução da coisa pública em Santarém, uma preocupação com o bem coletivo. Quisera toda Santarém acordasse e se livrasse dos grilhoes da incontinência moral. É incrível como enquanto os profissionais da educação são penalizados pela injustiça alguns sofridos santarenos batem palmas com apulpo a seus chefes. Bem dizia o Salvador que nos últimos tempos teríamos essa profunda e organizada gama de iniquidade. Acorda Santarém, ainda dá tempo de mudar esse curso de inapetencia de lutar pelo que é bom e justo. Olhe a sua volta e reflita.

terça-feira, 22 de março de 2011

GREVE: O COMEÇO DE UMA NOVA ETAPA

No dia 22 de março último, na sede do SINPROSAN, depois de 29 dias paralisados, os profissionais da educação decidiram em assembléia  pelo retorno às escolas, durante as discussões os sindicalistas foram enfáticos sobre a permanência da pauta de negociação.
O sindicato e a comissão de negociação continuarão, em reuniões posteriores,  dialogando com o governo sobre as reivindicações: 

  • Pagamento das progressões verticais no primeiro semestre de 2011;
  •  Pagamento de auxilio natalidade;
  • Chamamento de concursados do concurso público 01/2008;
  •  Cumprimento da lei de licença maternidade;
  •   Implementação das 50 bolsas de pós-graduação;
  • Carga horária máxima de 200 horas para os professores  efetivos e  de 83/88;
  •  Lotação de acordo com Portaria de lotação Art. 3º , inciso V;
  •  Prestação de contas da SEMED em audiência Pública do ano de 2010;
  •  Negociação da multa exposta ao sindicato ;
  •  Negociação do calendário (dias parados na greve);
  •  Encaminhamento para Câmara das  tabelas atualizadas do PCCR (anexos da lei    18.248/2009) de 2009, 2010 e 2011; 
  • Obediência a Resolução nº 10/2010 do Conselho Municipal de Educação;
  •  Concessão de licença especial na data preferida pelo servido.
    Entende-se portanto que o movimento não termina em definitivo, a greve mostrou a força do Sindicato do Profissionais da Educação de Santarém. Vivencia-se agora uma  nova etapa de lutas, reivindicações e amadurecimento político.
    Análise geral
    A sociedade  tem passado por  transformações significativas de caráter social, político e econômico. Essas transformações originam-se nos pressupostos neoliberais e na globalização da economia que têm conduzido as políticas governamentais.
    A escola é responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão (ã), no sentido pleno da palavra. Então, cabe a ela definir-se pelo tipo de cidadão (ã) que deseja formar, de acordo com a sua visão de sociedade. Cabe-lhe também a incumbência de definir as mudanças que julga necessário fazer nessa sociedade, através das mãos do cidadão que irá formar.
    Nesse contexto, surgem alguns questionamentos junto aos educadores e demais agentes escolares: Que política  adotar para se chegar a esta eficácia na educação?  Será que é muito difícil entender que a valorização dos profissionais da educação é algo primordial para o desenvolvimento de uma sociedade que busca crescer em qualidade e  produção de conhecimentos ?
    Espera-se que os gestores de Santarém, sejam eles: prefeita, vice prefeito,  vereadores e secretários não fiquem de braços cruzados  assistindo o declínio desta sociedade que deveria ter em sua base políticas públicas pautadas na qualidade da educação,  em especial na valorização dos profissionais.

    sexta-feira, 11 de março de 2011

    A JUSTIÇA É MESMO CEGA ?

    Durante esse período de embates fortes que a procuradoria do município vem travando contra os professores de Santarém, já deu para perceber  que a “justiça” está sendo usada contra os cidadãos ou pelo menos estão tentando usá-la dessa forma. Mas afinal, a justiça é cega mesmo ou apenas míope ?
    Depois de pedir que a “justiça” considerasse a greve ilegal, o município por meio de seus procuradores pede desta vez  a prisão dos grevistas, isso não é piada. No dia 25 de fevereiro ultimo, o município  entrou com um pedido de liminar no qual solicita em seu conteúdo que “prenda os professores grevistas   por estarem cometendo crime de desobediência da ordem judicial”.
    O que nos deixa surpresos e muito admirados é com relação a eficiência dos procuradores do município na formulação  e envio do dito documento de forma imediata, já que os professores em assembléia decidiram pela continuação da greve exatamente no dia 25, mesma data em que o documento  foi enviado à 8ª Vara Cívil de Santarém. Se esta eficiência se repetisse no que diz respeito  à resolução dos problemas da saúde pública, do transito, da infra estrutura e da  educação não estaríamos em quase calamidade pública no município.
    Agora  resta-nos a dúvida: a justiça é cega mesmo ou apenas míope ? Afinal o que é justiça? Por que devemos afirmar que vivemos num estado de direitos se apenas nos restam os deveres? Como educadores estamos novamente sentindo o peso de uma ditadura aberta que tenta aos poucos amordaçar quem se atreve questionar o poder, e ameaça com as mesmas armas que um dia foi ameaçado, sem escrúpulos pois já sentiu o quanto essas armas são eficientes.

    quarta-feira, 2 de março de 2011

    AGRADECIMENTO A SOCIEDADE SANTARENA


    O movimento grevista cada vez mais se sente fortalecido, principalmente quando presencia pais, associações de bairros, conselhos escolares, igrejas, sindicatos, grupos diversos da sociedade em geral prestando apoio ao movimento.
    Quem legitima este movimento somos nós, porque somente nós sentimos e sabemos quais nossas reais necessidades. Estamos satisfeitos por conseguir a compreensão da sociedade com relação aos reais motivos da greve, cremos que os benefício virão para todos (as).
    Este movimento é um exemplo de cidadania que contagiou a muitos, como instituição representante da categoria, estamos felízes com a participação dos educadores, pois através de nossas listas de frequências nas assembléias e nos movimentos de protesto, verificamos que a maioria das escolas da zona urbana e parte da rural, estão participando ativamente, tanto que a imprensa já percebeu e noticiou que no dia 25 de fevereiro, momento em que foi decidido pela continuação da greve, havia cerca de 800 profissionais da educação presentes, o que comprova a participação em massa, contradizendo o que foi colocado pelo Coordenador Municipal do Programa Mais Educação professor Rivelino Cardoso em sua entrevista para uma emissora de televisão e a Secretária de Educação quando comentava que apenas alguns professores (as) estavam participando da greve.
    Por isso continuamos pedindo o apoio de todos (as) e já agradecendo por sentirmos que estamos sendo compreendidos pela sociedade. É isso mesmo, cidadania não se ganha se constroi através do tempo e das lutas.

    terça-feira, 1 de março de 2011

    PROFESSORES SÃO MAIS UMA VEZ DESRESPEITADOS



    Depois de uma decisão judicial desfavorável aos professores, no último dia 25 de fevereiro foi enviado aos diretores das escolas municipais um documento (Ofício Circular Nº 12/2011) solicitando a relação dos servidores que “por ventura venham a faltar a partir da referida data motivados pelo movimento do SINPROSAN”.
    Nós do movimento grevistas, professores indignados com o desrespeito que está acontecendo com a educação santarena gostaríamos de esclarecer que este Sindicatos dos Profissionais das Instituições Educacionais da Rede Pública Municipal de Santarém – SINPROSAN, apenas representa a categoria, e este ato vindo do gabinete da Secretaria Municipal da Educação foi entendido como mais uma forma de intimidar a categoria. É uma pena que atitudes como essas estejam partindo de “lideranças” que possuem suas origens nos movimentos sociais.
    Vale ressaltar que o referido documento enviado às escolas, não foi assinado pela secretária de educação professora Lucineide Pinheiro e sim pelos seus assessores Fernanda Pimentel, Orlando Gamba e Greice de Sousa, o que desvia a seriedade dos fatos, pois os professores precisam ser respeitados e os responsáveis pela administração pública no município necessitam responder por esses órgãos o que leva-nos a entender que quem deveria assinar e se responsabilizar por este documento seria a secretária de educação que responde pela SEMED, assim como pela prefeitura a Prefeita Maria do Carmo deveria se posicionar frente aos atuais fatos que norteiam a educação do município.
    Diante disto, perguntamos, quem atualmente responde pela SEMED, a secretária ou seus assessores ? Somos profissionais da educação precisamos de respeito, precisamos ser vistos como uma categoria que atua com educação, com seres humanos, somos peças fundamentais na formação da personalidade de cetenas de crianças, todos os profissionais de todas as áreas já precisaram ou ainda precisam de professores que os ajude na ampliação de seus conhecimentos.
    Por sermos profissionais da educação chegou a hora de darmos uma aula prática de cidadania e mostramos aos nossos alunos, pais e a toda a sociedade santarena que não se pode ficar parado quando nossos direitos são violados, por isso quando não voltamos para as salas de aula descumprindo a decisão do juiz, estamos apenas em busca de melhores qualidades para a educação de forma geral e quem não está respeitando o direito dos alunos é o governo que além de não negociar ameaça cortar nossos salários e dessa forma feri os direitos dos alunos não permitindo que o calendário escolar seja cumprido.